Operação Urbana Consorciada Água Espraiada - Parque Linear (até 2008)
  

Em 2008, a Empresa Municipal de Urbanização (EMURB) decidiu retomar o desenvolvimento do projeto básico do Setor Jabaquara, tomando a decisão técnica, neste trecho, de substituir a via expressa de superfície, originalmente prevista, por um sistema de túneis subterrâneo, com emboque / desemboque situado logo após a Av. Lino de Moraes Leme e saída / acesso pela Imigrantes, completando, dessa maneira a ligação pretendida. Tal decisão provocou substanciais alterações do Projeto Urbanístico no citado trecho, uma vez que a área antes ocupada pelas pistas da via expressa passou a ser incorporada à do Parque Linear constante do Plano e as antigas vias de acesso aos empreendimentos tornaram-se vias, servindo tanto ao Parque como às antigas e novas construções.

Por outro lado, o Setor adquiriu as características de um bairro mais qualificado, aliviado da presença da via expressa, tendo como elemento integrador das duas margens do córrego o próprio Parque Linear. As transposições passaram a ocorrer na superfície, em locais escolhidos, com o critério de manter apenas algumas das travessias existentes, para o transporte público e outras, cuidando para que as distâncias entre elas fossem confortáveis para os pedestres e não acarretassem retalhamento da área do Parque, através de soluções conhecidas por “traffic calming”, aplicadas às suas vias transversais.
O curso natural do córrego será mantido no interior do Parque, sendo represado em três lagoas, as quais, além de sua importância paisagística, terão um papel de retenção das águas da chuva. Junto à região da nascente, está prevista sua proteção com a criação de área arborizada, através  de plantio de espécies da vegetação original, visando sua recuperação, monitorada por pesquisa de acompanhamento de sua evolução, desdobrada em programas de educação ambiental. 
A extensão do Parque (cerca de 4 km) e a instalação, ao longo dele, de diversos equipamentos de esporte, lazer, contemplação e convívio, em meio a áreas amplamente arborizadas e ajardinadas, atenderão às enormes lacunas destes tipos de usos nos bairros que o envolvem, em particular o mais carente deles, Americanópolis, com fácil acessibilidade a pé e pela proximidade. 
Foi proposta também a diretriz de implantar, nas duas vias laterais, linhas de transporte público em faixa compartilhada, sugerindo-se a utilização de VLT de superfície, com alimentação elétrica enterrada, modo de transporte eficiente, silencioso e não poluente, compatível, portanto, com as características bucólicas do contexto bairro/parque, que o local apresentará. Para transposição da via expressa existente, ou da trincheira das rampas do túnel, foram mantidos os viadutos das Avenidas Lino de Moraes Leme e Pedro Bueno, esta acrescida de alças de acesso às vias laterais do Parque, bem como da Avenida George Corbisier, como antes previsto. Foi necessário, ainda, projetar uma pequena ponte sobre o córrego, em continuação à Rua Franklin de Magalhães.
No Projeto Básico, em trabalhos técnicos complementares ao de Urbanismo, foram estudados sistemas de drenagem de águas pluviais de superfície da área, abrangendo coleta de água e retenção de pequenos resíduos através de grelhas e caixas transversais às ruas que desembocam nas vias laterais do Parque, contribuindo assim para a limpeza do córrego e seus lagos.Está prevista, também, a construção de vala técnica, capaz de abrigar todos os sistemas de infra-estrutura, eliminando toda e qualquer fiação aérea.
Para a implantação do Parque, foi prevista a remoção de todas as unidades habitacionais (submoradias) atualmente localizadas ao longo das margens do córrego principal, bem como de áreas consideradas de risco e/ou inadequadas à ocupação com reassentamento em novas unidades no interior da área da operação.